29 de julho de 2011

Da economia ao dedal


interior_carolinaCarolina Palomino chegou há 10 anos a Espanha, de Cartagena de Índias (Colômbia). Habituada a conhecer mundo, instalou-se na capital para se dedicar em cheio ao seu trabalho, a economia. Depois de trabalhar como corretora, a crise prejudicou o seu setor e reduziu o seu trepidante ritmo de vida, o que lhe deu algum tempo para pensar sobre qual seria o seu seguinte passo.

Um dia, num elevador, encontrou-se com Conchita, uma mulher que todas as segundas-feiras se reunia nesse edifício com um grupo de 20 aficionadas da costura que confeccionavam tecidos para as celebrações litúrgicas da JMJ (purificadores, corporais, estolas brancas e casulas, toalhas de altar, albas…). 

Ao propor-lhe de maneira espontânea que colaborasse com elas, Carolina surpreendeu-se, mas não pode negar-se: “Aprendi a costurar quando tinha apenas 10 anos e é uma maneira de relaxar-me. Quando soube a razão tão importante que as levava a costurar, dei-me conta de que era uma tarefa extraordinária”.


“Deu-me paz e tranquilidade”


Para Carolina, as segundas-feiras converteram-se em algo que lhe dá tranquilidade e a ajuda a reflectir sobre a sua vida: “Vivemos nas nuvens e perdemos o tino do que é realmente importante, e isso recorda-nos que temos um legado, um legado a cuidar e transmitir às novas gerações”.

“A juventude tem que estar a par da Jornada. É uma oportunidade única para que muitos jovens vivam a mesma mensagem, que ninguém se sinta só. É um grande encontro de pessoas de diferentes lugares do mundo que são aparentemente diferentes, mas que têm a nível espiritual muito em comum”.

Lembrando dos momentos que passou com todas as mulheres de distintas idades que se reúnem semanalmente para costurar, a colombiana afirma: “Elas, com a sua sabedoria e experiência, transmitem paz, sabem compreender e explicar o que acontece na vida. Ao escutá-las dou-me conta da razão que tinha a minha mãe, que vive entre Colômbia e os EUA, quando estava longe e insistia que lesse a Bíblia, e que não me esquecesse de rezar”.

Carolina acrescenta: “Cada dia é um reencontro de gerações. Há mulheres de todas as idades, desde avós a netas. Em muitas ocasiões temos tanta vontade de continuar que nos têm de lembrar que estamos numa casa, onde às 9 se janta”.

O trabalho deve continuar

Depois de viver esta experiência, Carolina deu-se conta do trabalho tão importante que se desenrola graças à ‘Costurar e cantar. “Isto deve continuar, que nenhuma igreja fique sem os materiais necessários para poder continuar a prestar esse serviço tão importante para todos nós”. Sem dúvida, esta vivência marcou-a e agora é-lhe claro: “Eu, enquanto puder, quero continuar”.

(fonte: madrid11.com)

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