29 de julho de 2011

Da resistência ao sim à vocação

Verónica Clara entrou em Iesu Communio depois de receber a Cruz da JMJ dos jovens australianos


de_la_resistencia_al_siSó nos preparativos, sem se ter realizado, a JMJ de Madrid já mudou muitas vidas. Esta é a história de Verónica Clara Montes, uma jovem que encontrou a sua vocação ao recolher a Cruz da JMJ das mãos dos jovens australianos, para começar a percorrer toda a Espanha.

Como que por casualidade Verónica Clara foi uma das jovens escolhidas para se aproximar do altar e receber a Cruz da JMJ na Semana Santa de 2009, em Roma.

De seguida o testemunho desta jovem, hoje Irmã de Iesu Communio:

 “Durante a JMJ de 2005 celebrada em Colónia pude conviver com muitos cristãos. A experiência fez-me compreender que o cristianismo não é uma utopia, mas sim uma realidade viva. Descobri a beleza de ser cristã e, desde esse momento, decidi participar em tudo o que a igreja me oferecia.


E assim um dia, enquanto revíamos no grupo de jovens da paróquia o plano da viagem a Roma durante a Semana Santa de 2009, disseram-me que eu seria uma das jovens eleitas para me aproximar do altar e receber a Cruz das mãos dos jovens de Sidney. Era-me concedido o dom de ser uma das que recebiam o testemunho directamente dos jovens de Sidney.

 ‘Porquê a mim, Senhor?’. Foi esta a pergunta que surgiu no meu coração, pois parecia-me algo grande, muito grande para mim. Quando pude, fui à capela e pedi a Jesus: ‘Senhor, não permitas que receba a tua cruz como se fosse uma coisa banal’.

Chegou o Domingo de Ramos, entrámos processionalmente na Praça de São Pedro com o Santo Padre, que benzeu os ramos. No final da Eucaristia, aproximámo-nos do altar, jovens de Sidney e de Madrid, e, no momento que deixaram descer a Cruz sobre nós, senti no meu coração: ‘Acolhes o sofrimento da humanidade‘. Não sabia o que significava isto nem que transcendência podia ter na minha vida. Mesmo que algo assustada, não contei a ninguém. Os meus amigos perguntaram o que tinha sentido, e somente pude esboçar um meio sorriso e dizer: “Muito bem”. Mas… porque é que o Senhor me fez sentir estas palavras?

Nessa mesma Semana Santa, depois de anos de intensa luta com o Senhor porque sentia o seu chamamento, pude dizer um sentido sim à sua vontade, o que mudaria a minha vida. Depois desse sim, o Senhor foi-me mostrando, muito pouco a pouco, que me queria exclusivamente para Ele. Desde que ingressou a irmã Caná no mosteiro no ano 2000, precisamente porque fiquei profundamente marcada, comecei a pedir ao Senhor: ‘Freira eu, não!’, para acabar finalmente mendigando a entrada onde estou hoje, Iesu Communio, instituto religioso no qual comecei o postulantado em Outubro de 2009.

Hoje, à luz deste chamamento, posso entender o que Jesus me fez sentir na Praça de São Pedro. Chamou-me a estar com Ele, a viver feliz a consagração e a acolher o sofrimento da humanidade. Ele elegeu-me para me fazer feliz e participar da sua sede e anseio: que ninguém se perca e todos tenham vida.
Obrigada, Mãe Igreja, que nos ofereces uma vida nova”.

Jesu Communio é uma congregação religiosa católica fundada pela religiosa clarissa espanhola Irmã Verónica em Burgos (Espanha). Actualmente é formada por cerca de 203 religiosas, a maioria delas entre os 18 e os 35 anos.

(fonte: madrid11.com)

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