15 de setembro de 2011

Pós-Madri. Como Bento XVI inovou as JMJ



Pelo menos são 3 as novidades que caracterizam
as Jornadas Mundiais da Juventude com este Papa:
os espaço de silêncio, os participantes muito jovens,
a paixão de testemunhar a fé no mundo.

por Sandro Magister

  
[ R E S U M O ]

Roma, 24 de Agosto de 2011 – Para quem olha de fora, estas reuniões
mundiais presididas por Bento XVI têm características diferenciadoras,
que em Madrid apareceram com particular notoriedade.

A primeira é o silêncio. Um silêncio prolongado, intensíssimo,
que irrompe nos momentos chave, no meio de um oceano de jovens
que até esse momento estavam em grande festa.

A Via Sacra é um desses momentos. Outro, mais impressionante,
é o da adoração da Hóstia santa durante a vigília nocturna.
Outro ainda é o da comunhão na missa de encerramento.


* * *
Uma segunda característica diferenciadora desta última JMJ
é a média de idades dos participantes muito baixa: 22 anos.
Isto significa que muitos deles participaram pela primeira vez.
O Papa deles é Bento XVI, não é João Paulo II, que aliás só
conheceram quando eram muito novos.

Eles são de uma geração muito exposta a uma cultura secularizada.
Mas são ao mesmo tempo o sinal de que as perguntas sobre Deus
e o destino último estão vivas e presentes também nesta geração.

* * *

Uma terceira característica diferenciadora é a projecção "ad extra"
destes jovens. A eles não lhes interessam as batalhas internas da Igreja
à procura de se modernizar ao ritmo dos tempos.

Estão a anos-luz do caderno reivindicativo de certos irmãos
mais velhos na fé: exigir padres casados, mulheres sacerdotes,
comunhão aos divorciados recasados, escolha dos bispos pelo povo,
democracia na Igreja, etc., etc.

Para eles, isso é tudo irrelevante.

A eles basta-lhes ser católicos como o Papa Bento XVI propõe
e faz ver e perceber. Sem evasivas, sem descontos. Se foi alto o
 preço que nos salvou, o sangue de Cristo, alta deve ser também a
 oferta de vida dos cristãos verdadeiros.

O que mobiliza estes jovens não é a reorganização interna
da Igreja, mas a paixão de testemunhar a fé no mundo. O Papa
previa usar estas palavras, mas foi impedido pelo temporal:

"Caros amigos, não tenhais medo do mundo, nem do futuro, nem da vossa fragilidade.
O Senhor concedeu-vos viver este momento da história, para que graças à vossa fé
o seu Nome continue a ressoar por toda a terra"

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