3 de outubro de 2011

As florzinhas de São Francisco Capítulo 50

Como, dizendo missa no dia dos mortos, Frei João do Alverne viu muitas almas libertadas do purgatório. 

Dizendo uma vez o dito Frei João a missa no dia seguinte a Todos os Santos por todas as almas dos mortos, como a Igreja mandou, ofereceu com tanto afeto de caridade e com tanta piedade de compaixão aquele Santíssimo Sacramento (que por sua eficácia as almas dos mortos desejam sobre todos os outros bens mais do que tudo se possa fazer por elas) que ele parecia estar sendo todo derretido pela piedade e caridade fraterna. Por isso, naquela missa, levantando devotamente o corpo de Cristo e oferecendo-o a Deus Pai, implorando-lhe que por amor de seu bendito filho Jesus Cristo, que para recomprar as almas tinha pendido na cruz, que lhe aprouvesse libertar das penas do purgatório as almas dos mortos, por ele criadas e recompradas. 
Imediatamente ele viu um número quase infinito de almas saindo do purgatório, como inumeráveis fagulhas de fogo que saem de uma fornalha acesa, e viu-as subir para o céu pelos méritos da paixão de Cristo, que todos os dias é oferecido pelos vivos e pelos mortos, naquela sacratíssima hóstia, digna de ser adorada in saecula saeculorum. Para louvor de Jesus Cristo e do pobrezinho Francisco. Amém.

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