A cruz da Jornada Mundial da Juventude e o Ícone de Nossa Senhora
estiveram no Hospital de Base de Brasília, na tarde de hoje, para rezar
pelos doentes, e contou com a presença de mais de 2000 jovens. A
visitação fez parte do Bote Fé Brasília, evento de preparação para a JMJ
e foi uma alusão à Campanha da Fraternidade de 2012, que tem como lema
“que a saúde se difunda sobre a Terra”.
O objetivo da visita foi rezar pelos doentes, apresentar Cristo e sua
cruz como esperança aos que sofrem, a seus familiares e, para
manifestar a ideia, os milhares de jovens se abraçaram em volta do
hospital. Durante o momento, era possível ver alguns enfermos da janela
do hospital emocionados com o entusiasmo dos jovens e a visita dos
símbolos.
Dom Sérgio iniciou seu discurso e manifestou carinho, solidariedade e
orações a todos os doentes desse de outros hospitais. “Através deste
abraço, nos aproximamos a todos que sofrem e suplicam a Deus, a graça da
saúde. Também estamos abraçando todos os enfermos do mundo. Queremos
envolver aqueles que mais sofrem e nem sempre conseguem acesso aos
serviços de saúde. Que jamais falte a nossa oração, apoio, serviço,
presença amiga, a todos que necessitam da nossa atenção como Igreja”,
destacou.
Em seguida, o bispo convidou a todos que se voltassem aos ícones para
rezar pelos doentes. “Nesse momento, olhemos para essa cruz que nos deu
a vida e salvação, e para o ícone de Nossa Senhora, que nos acompanha
durante todas as dificuldades. Eles nos trazem a certeza da presença de
Cristo e de Maria ao nosso lado”. Voltando as mãos aos ícones, todos
disseram: “que a saúde se difunda sobre a terra e sobre o Hospital de
Base”.
Padre Rosivaldo, que está há cinco anos trabalhando no Hospital de
Base, conta que sua experiência é uma realidade paradoxal. “Somos
samaritanos a essas famílias. Às vezes, encontro pessoas alegres, pelo
nascimento de uma criança ou pela alta que alguém recebe, mas também,
existe a realidade triste, quando há morte, angústia, insegurança, medo,
dor. Nossa missão, como cristãos, é entregar nossa vida com amor, como
Cristo fez, a serviço dos irmãos. Temos que acolher os doentes, e
promover a saúde”, afirma.
O sacerdote também disse que as pessoas quando estão doentes, tendem a
se afastarem de Cristo. “Essa também é nossa missão como católicos. Até
quem tem fé, sofre com a enfermidade, imagina quem não tem?”, indaga.
A todos que passam por algum momento difícil, o capelão afirma os
católicos devem dar testemunho da vitória de Cristo. “Precisamos mostrar
aos doentes, que Deus jamais nos abandona, assim como não abandonou
Cristo quando foi crucificado. Na experiência da dor, essas pessoas
podem redescobrir a fé. Quando unimos nosso sofrimento ao de Cristo,
somos vitoriosos. É possível ser forte em meio a dor. Todos os dias sou
transformado aqui, quando muitos enfermos nos evangelizam, ao revelarem
serenidade, experiência de Deus, esperança”, ressalta.
A cruz, sinal de esperança
Um dos médicos do hospital, o Doutor Marcos, citou a importância da
Campanha da Fraternidade neste ano levar o tema da saúde e ressaltou
que, antes de qualquer cura, as pessoas precisam do amor de Cristo.
“Nosso Senhor prega que devemos visitar aos doentes, pois é como
visitá-Lo. Hoje, realizamos aquilo que Ele nos pede. Não tenho palavras
para descrever este momento. Passo por muitas dificuldades no hospital,
mas agora, renovo minha esperança. A cura de cada doente começa aqui,
com a visita de Jesus e de Maria”, disse, emocionado.
Maria Roseli da Costa, mãe de Giovani, de oito anos, que tem uma
síndrome rara, contou que foi ao encontro dos símbolos, desta vez, para
rezar pelos doentes.
“Eu precisava vir ao encontro da cruz e de Nossa Senhora. Essa força
vem de Deus, pois só com eles eu posso carregar a cruz diária. Assim
como graças diariamente, eu vim dar este abraço a esses doentes. Muitos
não aceitam a enfermidade na família, mas é um caminho que nos leva até
Ele. Todo sofrimento aqui na terra, não será nada em comparação com a
glória que teremos no céu”, afirmou.
Já Lívia Azevedo, 21 anos, foi voluntária do Bote Fé Brasília e
estava ansiosa para ver os símbolos ao vivo que conhecia apenas da
televisão. “Me sinto privilegiada, pois ano passado vi os jovens
carregando a cruz lá em Madri e, agora, ela está aqui, ao meu lado. Esse
momento me mostra o tamanho da Igreja. É emocionante ver esses doentes
pela janela, e ver que eles estão sofrendo com Jesus, carregando a cruz
junto com Ele”, disse.
fonte: (jovensconectados.org.br)
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