ROMA, quarta-feira, 02 de maio de 2012 (ZENIT.org) – A experiência da vida
matrimonial dos Servos de Deus Zélia e Jerônimo, casal brasileiro do
século 19, mostra que é possível ser santo na vida cotidiana
correspondendo à vocação ao qual foi chamado.
Jerônimo de Castro Abreu Magalhães nasceu em Magé e Zélia Pedreira
Abreu Magalhãesem Niterói. Casaram-seem 27 de julho de 1876, na Chácara
da Cachoeira, bairro da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro.
Ele engenheiro civil e ela uma jovem letrada, com primorosa formação
artística, literária e científica, de modo que aos 14 anos traduziu do
italiano para o português, a obra de Cesare Cantu “Il Giovinetto”.
O desejo de Jerônimo e Zélia sempre foi o de agradar a Deus desde o
período em que se conheceram, quando na troca de olhar já ficou claro
que o namoro deles seria um namoro diferente, declarou Dom Roberto
Lopes, vigário episcopal para a Vida Consagrada e responsável pelos
processos de candidatos à causa dos santos da Arquidiocese do Rio;
conforme nota da Portalum.
"Zélia e Jerônimo eram muito apaixonados. A vida de oração foi
crescendo dentro do coração do casal. Eles educaram seus filhos para
Deus, e a Eucaristia era algo que procuravam dar de presente para o povo
de Deus que o cercava", destacou.
Desse casamento nasceram 13 filhos, quatro falecidos em tenra idade,
os demais (três homens e seis mulheres) abraçaram diferentes ordens
religiosas, dentre eles o frei franciscano José Pedreira de Castro,
professor de ciências bíblicas que fundou em 1956 um Centro Bíblico e o
curso de Sagrada Escritura por correspondência.
Na fazenda onde eles moravam havia uma capela, onde inúmeras vezes ao
dia o casal era visto rezando, assim como também seus escravos, que
iniciavam o trabalho do dia sempre com oração conduzida por Jerônimo e
Zélia no pátio da fazenda.
A pesquisa histórica sobre Jerônimo de Castro Abreu Magalhães e sua
esposa Zélia está sendo feita por uma comissão arquidiocesana, instalada
no dia 23 de dezembro pelo arcebispo Dom Orani João Tempesta.
Da década de 30 até a década de 60, avida de Zélia foi bastante
conhecida. Sua biografia chegou à sexta edição e foi traduzida em
iugoslavo, alemão, francês, espanhol, em italiano, e em português de
Portugal.
Atualmente, existem no Brasil em torno de cinquenta causas de
beatificação, das quais 25 figura como postulador o Dr. Paolo Vilotta,
responsável também pela causa dos Servos de Deus Zélia e Jerônimo.
fonte: (zenit.org)
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