6 de janeiro de 2011

06 de Janeiro - Santo do Dia


Dia dos Santos Reis ou Dia dos Reis Magos

Os povos latinos revivem anualmente as tradições do Natal, decorando árvores, dando presentes, assistindo à Missa do Galo e adorando os Reis Magos, presentes na singeleza do presépio - Uma representação do Natal -, criado por são Francisco de Assis, no século XIII.
Os apócrifos - obras dos séculos II e III da era cristã que preenchem lacunas sobre a vida de Jesus e de outros personagens importantes do Novo Testamento - revelam detalhes da cena em que os Reis Magos (ou sábios) estão diante do Menino Jesus.
Conta a história que um anjo teria revelado a Melquior, rei da Péria, Baltazar, rei da Índia e Gaspar rei de um país árabe, que havia a relação entre a estrela-guia e o Messias, chamado Jesus. Após o aviso do anjo, os três viajaram, por nove meses, até Belém.
Dar presentes era um costume oriental; assim, os Reis Magos ofereceram ao recém-nascido Jesus: ouro, incenso e mirra. O incenso simbolizava a sua essência divina; o ouro, a sua realeza; a mirra, a sua essência humana. Ademais, esses presentes expressavam as idades do ser humano: a juventude e a fecundidade do trabalhador; a maturidade e a firmeza do guerreiro; a experiência e a sabedoria do sacerdote.
Os Reis Magos ouviram um anjo, em sonho, aconselhá-los a que retornassem a suas nações, de tal maneira que excluíssem Jerusalém e Jericó de suas rotas, caso contrário, o Menino Jesus poderia ser morto pelo rei Herodes. Novamente, uma estrela os guiou; esse caminho pode ter sido pelo rio Jordão ou por Berseba, atualmente roteiro para Meca, no território de Moab e do mar Morto. Dizem que, depois do retorno, os Reis Magos foram batizados por são Tomás e trabalharam para a propagação da fé em Cristo.
No século IV, as Igrejas do Oriente celebravam, em 6 de janeiro, a festa do nascimento de Cristo e a Adoração dos Reis Magos; nas Igrejas do Ocidente, o nascimento era celebrado em 25 de dezembro. Posteriormente, ambas as Igrejas passaram a celebrar as duas datas: em 25 de dezembro, a Natividade, e em 6 de janeiro, o Dia dos Reis Magos ou Dia dos Santos Reis.
Referência:
Datas comemorativas: cívicas e históricas


Santo Julião e Santa Basilissa

É um casal para figurar na história da Igreja com louvores. Julião era filho de um casal cristão muito devoto e rico que lhe deu uma educação esmerada e requintada, desde a tenra idade. Depois, desejosos de ver o filho bem casado, para constituir uma sólida e cristã família, decidiram consolidar o seu matrimônio, aos dezoito anos, com a jovem Basilissa. Extremamente obediente, o rapaz que nunca havia mencionado seu voto de castidade à família, realizou o sonho dos pais e se casou com a bela e suave jovem, que como ele procedia de uma prospera e bem situada família seguidora dos mesmos preceitos cristãos que a de seu noivo.
Uma vez casados, Julião com gentileza conversou com a esposa Basilissa e juntos fizeram um pacto de consagração a Deus, para se dedicarem a Seu serviço, apesar do sacramento matrimonial . Assim a união carnal não se concretizou e ambos permaneceram virgens. Somente, após a morte dos pais é que os dois puderam viver a vida espiritual na plenitude almejada. Usando seus bens, cada um fundou um mosteiro: Julião, o masculino e Basilissa, o feminino. Com o saldo do patrimônio mantinham várias obras de caridade e sustentavam os mosteiros que funcionavam também como hospitais, para atendimento dos mais necessitados. O de Basilissa atendia especialmente aos leprosos
Nesse período o Cristianismo vivia os seus tempos mais trágicos, o das perseguições sanguinárias impostas em todo o Império pelos tiranos Diocleciano e Maximiano. Em auxílio aos cristãos surgiu Julião que abrigou em seu mosteiro dezenas deles, que procuravam refugio das implacáveis investidas. Porém foi denunciado e viu aos poucos todos serem "julgados" e condenados ao suplício e à morte pelo testemunho da fé. Até que chegou sua vez. Como se recusou a adorar os ídolos pagãos e renegar a fé em Cristo foi martirizado por um longo período. Segundo os registros dessa época arquivados pela Igreja, o período foi descrito como de muitas torturas e sofrimento, mas também de muitos prodígios e graças ocorridos através das mãos de Julião.
Julião foi finalmente assassinado e pôde descansar em paz em 9 de janeiro de 302.
Enquanto Basilissa, conseguiu ser poupada, vivendo junto aos mais miseráveis e pobres leprosos os quais tratava como filhos. Ela morreu algum tempo depois, dizem em 18 de novembro de 304, tendo promovido muitos prodígios de cura e graças.
A Igreja reverencia a memória do casal, Santo Julião e Santa Basilissa, no dia 6 de janeiro, conforme o último ajuste oficial feito no Martirológio Romano. Nele também encontramos a correção de suas origens citada antes como sendo da Antioquia mas que se comprovou ser de Antinoe capital de Tebaide, no Egito. Entretanto, algumas regiões do Oriente ainda os celebram no dia 09 de janeiro.


Santo Carlo de Sezze

Curiosamente, no Convento Franciscano de Lazio, chegavam leigos e personalidades da Igreja a fim de confidenciarem seus problemas ao cozinheiro. Aliás, esse cozinheiro era também o jardineiro e o porteiro do convento e seu nome era Carlo.
Nascido em 22 de outubro de 1613, em Sezze, Itália, Carlo era um irmão leigo, pessoa humilde, submissa e sempre muito contente. Descontentes estavam seus familiares, os Melchiori ou Marchionne, cujas propriedades rurais se perdiam de vista. Seus familiares tinham outros planos para Carlo, pois queriam que ele estudasse e fizesse carreira. Porém, poucos anos depois, Carlo era garçom numa cantina de fazenda, em fuga dos estudos por causa de um professor severo. Mas Carlo lia por conta própria, levando uma vida de ermitão e de santo. Depois, já aos 22 anos, estava entre os franciscanos.
A essa altura, os familiares o queriam sacerdote, mas ele seria sempre frei Carlo, mais nada, sem graduação alguma. Carlo passou por inúmeros conventos franciscanos, sempre trabalhando, recolhendo esmolas, socorrendo doentes e moribundos em suas casas. Com o transcorrer dos anos, desponta nele o explorador de consciências, o modificador de atitudes e comportamentos, e essa fama corre por toda Igreja.
Embora Carlo cuidasse apenas da horta e da cozinha do convento, sempre acontecia ser enviado para outras cidades para que pudesse aconselhar bispos e cardeais. Um dia recebe uma incumbência, diretamente do Papa Clemente IX (1667-69): "Frei Carlo, dizem que na cidade de Perúgia há uma madre santa, vá lá e verifique pessoalmente a veracidade da situação". Uma grande responsabilidade para um simples cozinheiro. Frei Carlo tinha pouca instrução, mas escrevia belíssimas páginas espirituais e autobiográficas, numa gramática acidentada, porém, eficiente. Também não lhe faltaria sua porção de Calvário, com acusações de uma mulher mundana. Consideradas depois, calúnias, mas que fizeram o frei adoecer por alguns anos.
Após uma viagem a Úmbria, frei Carlo falece em 6 de janeiro de 1670, no Convento de São Francisco, na cidade de Roma. E no seu peito se descobre um sinal estranho, como uma cicatriz. Posteriormente, uma comissão médica declararia que esse sinal é de origem sobrenatural. Em vida, frei Carlo falava de "um raio de luz" que o havia atingido no peito, em 1648, numa igreja romana, durante êxtase profundo com Deus. O pedido de sua canonização foi feito pouco tempo após sua morte, mas seria concluído somente em 1959, pelo Papa João XXIII, que o proclamou santo. Seu corpo é conservado na igreja do convento onde faleceu e sua festa é celebrada no dia seguinte ao da sua morte, para não coincidir com a Epifania.
Santa Rafaela Maria



Nasceu em Córdoba, na Espanha, no ano de 1850. Juntamente com sua irmã de sangue, fundaram a Congregação das Escravas do Sagrado Coração de Jesus. Dedicadas à adoração ao Santíssimo Sacramento e ao cuidado das crianças, Santa Rafaela ocupou o cargo de Madre Superiora e sua irmã, co-fundadora da Congregação,  o de ecônoma geral. Mas, no ano de1893, a irmã de Santa Rafela convenceu as outras conselheiras de que sua irmã, por não ser apta na economia, também não poderia continuar governando a congregação. Diante daquele consenso, ela deixou o cargo e sua irmã o ocupou e foi superiora durante 10 anos. Nos 22 anos de vida que restaram a essa grande serva de Deus, ela viveu na humildade, fazendo os serviços que lhe davam, sempre com muito amor e obediência, na graça de Deus. Santa Rafaela Maria foi uma verdadeira adoradora diante do Santíssimo Sacramento. Ao falecer, em 1925, partiu para a glória. Não passou muito tempo, veio à luz toda a trama de sua irmã. Foi beatificada em 1952 e canonizada em 1977.

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