26 de janeiro de 2011

Nossa Mãe


Maria foi a mulher, o ser humano que mais se aproximou da santidade. Claro que não existe como comparar um ser humano com Deus, porém se compararmos Maria com todos os seres humanos, chegaremos a conclusão: Nunca ninguém na face da Terra recebeu uma missão tão importante e uma intimidade tão grande com Deus!!

E isso é bíblico, não é invenção minha ou da Igreja.
Maria foi preparada desde seu nascimento (não haveria como Jesus, o Filho de Deus nascer de um humano com pecados, manchado pela iniquidade, pois Deus não se mistura ao pecado) para receber essa missão.
Quando o anjo Gabriel veio anunciar o convite de Deus, ela poderia dizer não. Livre-arbítrio, porém assim como Abraão deu o sim para Deus e iria imolar seu filho por amor a Deus, Maria deu o seu sim para assumir a maior responsabilidade de todas: a de conceber, a de educar, a de criar, a de ser mãe do Filho de Deus, o Salvador prometido, o Messias, o Verbo Divino.
Maria mesmo arriscando sua vida e seu casamento (segundo a tradição judaica, se uma mulher ficasse grávida fora do casamento poderia ser repudiada em público, manchando a honra da família e ainda ser apedrejada) confiou em Deus, pois considerou de forma bastante sábia e de fé que em Deus, nada mais é importante. Se Deus está comigo então pra que me preocupar com o resto?!

Maria não pergunta porque ela, se vai dar certo, se está preparada, que não consegue. Não!
O anjo fala que ela vai ser mãe do Messias, do Emmanuel e ela pergunta como, pois não conhece homem, virgem. E o anjo diz que conceberá da graça do Espírito Santo.
O Espírito Santo teceu Jesus em seu ventre. Escreveu o Verbo no seu seio humano.
Misturou a humanidade de uma humilde temente a Deus com a total divindade e poder divino de Jesus o Filho de Deus.
Deus se fez homem dentro de seu ser. Deus se fez de forma tão simples e tão singela próximo do humano, do homem.
O Deus Altíssimo demonstrado no Antigo Testamento agora é um Deus dentro de um ser humano, frágil ser humano.

Deus não faz milagre pela metade. Maria não seria uma mulher de Deus, uma serva somente até Jesus nascer. Se manteve sem pecado durante toda a vida. Não que vida de casada fosse pecado, mas vivendo uma vida casta, poderia aprender e seguir ao Cristo muito mais, não como mãe, mas destituindo-se de si mesma, renunciando o ser mãe, abraça o Cristo como uma discípula, como uma seguidora, uma amante do Noivo esperado.

Jesus foi verdadeiramente homem, viveu em tudo menos o pecado. Maria é um ser humano, viveu obviamente tudo o que um ser humano vive, tentações, provações, sofrimentos, angústias, porém não viveu o pecado.
Isso é o que diferencia. Maria não deu o sim e depois nunca mais, mas Maria fez a vontade de Deus o tempo todo. Maria não teve medo das pessoas a prenderem por estar com o Cristo, Maria não reinvidicou seu direito de mãe quando ia falar com Jesus ou quando ia fazer alguma coisa.
Maria reconheceu que a vontade de Deus era maior do que a própria vida e isso aprendeu com Jesus.
Maria é o que une e não o que separa. Maria nos ensina a alcançar o Cristo. Maria
sofreu com o Cristo. Maria viveu como o Cristo. Maria seguiu o Cristo.
Por que não abraçar aquela que o próprio Jesus nos deu por mãe?!
Jesus no ápice da dor iria lembrar de nós ou de sua mãe? Dos dois!
Maria vive após Jesus uma vida de entrega a oração, à espera de se encontrar com o Filho na glória celeste. Maria recebe o Espírito Santo em Pentecostes e vai morar praticamente só, pois João não ficou sem fazer nada, foi levar o Evangelho a todas as nações, assim como os outros discípulos.
E Maria?
Ela pede, ela suplica por todos nós, por todos aqueles confiados a ela nessa missão que o Filho dá para ela: Eis os vossos filhos!
Eis a vossa Mãe!



Thaisson da Silva Santarém


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