eve início na noite desta segunda-feira, 31 de janeiro, o 20º Curso para os Bispos do Brasil. A formação acontece no Centro de Estudos do Sumaré, no Rio de Janeiro, e reúne cerca de 100 bispos de todo o país. Este ano, o tradicional evento aborda o tema “Os 50 anos do Concílio Vaticano II”.
Na manhã de hoje, 1º de fevereiro, a primeira palestra do c
urso foi ministrada pelo bispo da dioc
ese alemã de Regensburg, dom Gebhard Ludwing Müller, que também presidiu a missa do dia. Os bispos também ouviram sobre a Constituição Dogmática Conciliar da Igreja, “Lumen Gentium”, através da temática “Sacramentalidade e constituição carismática da Igreja”.Durante a palestra, dom Müller explicou que a essência sacramental é o que dá forma à Igreja. E que, à constituição essencial da Igreja pertence às realizações sacramentais inerentes a ela; a hierarquia eclesiástica; e ainda o apostolado dos leigos como exercício autêntico da missão salvífica da Igreja.
Em síntese, o bispo de Regensburg apresentou a natureza da Igreja no seu aspecto divino e humano, e ressaltou aos bispos o aspecto humano como instrumento de comunicação do divino.
O bispo retirou do "Catechismus Romanus", redigido por mandato do Concílio de Trento, a definição de Sacramento: "é um sinal visível de uma graça invisível, instituído para nossa justificação".
“De acordo com o Concílio Vaticano II, a Igreja como Sacramento leva, em contrapartida, à unidade com Deus e dos homens entre si, e, exatamente assim, pode vir a ser sinal visível da graça, da redenção e da salvação no mundo”, disse.
Ele acrescentou que, a Igreja como sinal da salvação e da presença de Jesus Cristo entre as nações precisa, portanto, encontrar sua própria posição no mundo. Ao concluir, som Müller orientou os bispos. “A nós, cabe, de modo especial, a tarefa de fazer com que o amor ao próximo se torne sinal do amor de Deus no mundo e para o mundo”.
Entusiasmados com as palavras de dom Gebhard Müller, durante o intervalo os bispos continuaram a discussão iniciada na palestra. E a animação da estreia pôde ser percebida nas conversas dos bispos auxiliares recém-nomeados para a arquidiocese do Rio.
Para monsenhor Nelson Francelino que será ordenado no próximo sábado, 5, esta é uma oportunidade única de convívio e preparação para a vida episcopal.
“O curso dos bispos nos introduz ao convívio com o núcleo brasileiro do episcopado. E o tema desse curso é muito interessante, o Concilio Vaticano II , em meio a toda essa pluralidade e ao tempo que passa, não se pode deixar misturar os conceitos fundamentais. Vamos objetivar as conclusões do Concilio e isso me ajudará muito já que vou entrar no serviço do episcopado”, disse o monsenhor.
CNBB com Arquidiocese do Rio
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