21 de março de 2011

Governo da Líbia promete reagir se rebeldes avançarem rumo à capital

Porta-voz alerta para que oposição não 'tome vantagem' de bombardeios.
Novas explosões ocorreram em Trípoli, próximo à casa-fortaleza de Kadhafi.
 
 
O governo da Líbia quer estabilidade, mas vai reagir se os rebeldes tentarem tomar vantagem dos bombardeios ocidentais sobre forças oficiais para avançar rumo à capital, Trípoli, disse um porta-voz nesta segunda-feira (21).
Forças ocidentais autorizadas pela ONU bombardeiam posições líbias desde sábado, para impedir que as tropas do ditador Muammar Kadhafi ameacem a segurança de civis.
"Nosso objetivo é a paz, a estabilidade e a unidade da Líbia. Mas nos defenderemos. Estamos armando o povo. Teremos uma nação de 6 milhões de pessoas armadas e vamos lutar. Não há dúvida", disse o porta-voz do governo Mussa Ibrahim.
 
 Ele também afirmou que Misrata foi "libertada" há três dias e que forças do governo estão procurando "elementos terroristas" no local. Fontes rebeldes relataram 40 mortes na cidade nesta segunda.
O porta-voz disse que os bombardeiros a portos e ao aeroporto da cidade de Sirte mataram muitas pessoas.

O governo líbio vem denunciando mortes de civis nos ataques, mas o Pentágono afirmou desconhecer essa informação.

Explosões em Trípoli

Novas explosões seguidas de disparos de baterias antiaéreas foram ouvidas na noite desta segunda em Trípoli. Elas ocorreram por volta das 21h locais (16h de Brasília).
De acordo com a France Presse, elas teriam ocorrido próximo à casa-fortaleza do ditador Muammar Kadhafi. Um dos prédios do complexo foi atingido na véspera.
Mais cedo, os rebeldes reafirmaram que não querem negociar uma trégua com Kadhafi, mas exigem sua saída imediata do poder, que ocupa desde um golpe de estado em 1969.

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