Na manhã do dia 26/05, António Mª Rouco Varela, cardeal de Madrid e presidente do Comité Organizador Local da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), pronunciou a conferência ‘A três meses da Jornada Mundial da Juventude’, no Fórum da Nova Sociedade.
“Os jovens têm ‘uma vida pela frente ’, a Jornada Mundial da Juventude é uma oportunidade para que se deixem iluminar por Cristo, e aí no seu coração e nos seus sentimentos de entrega e solidariedade descubram os fundamentos de sua vida”,explicou.
“Os frutos das Jornadas Mundiais podem ver-se “a curto prazo: são muitas as vocações ao sacerdócio, à vida consagrada, ao matrimônio, que surgem de cada Jornada Mundial. Mas também e sobretudo a longo prazo supõem uma contribuição para a sociedade atual: energia para resolver a crise e fortalecer o caminho da paz”, destacou.
Algo mais que soluções técnicas
No contexto da crise financeira, especialmente dura com os jovens, o cardeal ha sublinhou que “os problemas dos jovens estão nas situações de desemprego, mas, sobretudo estão no seu coração, e aí é o único sitio onde podem solucionar-se. A democracia vive de pressupostos que ela mesma não se pode dar. Deve beber de outras fontes de humanidade”, sublinhou.
O cardeal de Madrid utilizou a comparação duma casa em chamas, com a situação atual: “Sim estamos nesta situação o importante es chamar aos bombeiros, mas sobretudo o mais importante é atuar para que isto não volte a acontecer, e para ele é necessário algo mais que soluções técnicas”.
As Jornadas Mundiais da Juventude “são uma iniciativa pessoal de João Paulo II, que apostou numa nova geração de jovens os jovens do 2000. Agora, Bento XVI retoma este legado. É o Papa quem convoca e atrai os jovens. O Papa na sua última encíclica Caritas in Veritate não deixa de abordar nenhum dos problemas da sociedade atual… mas sempre têm um ponto de referência em comum: a entrega, a solidariedade, a caridade”, recordou.
A eleição de Espanha
“Não se pode passar por alto que a eleição de Espanha não é casualidade, tem que ver com a projeção de riqueza espiritual da Historia deste país na Historia da Igreja e da cultura do Ocidente. Não há mais que ver senão a importância espiritual dos patronos da Jornada Mundial: Santo Inácio de Loyola, Santa Teresa de Ávila, Santa Rosa de Lima, São Francisco Xavier…”, reforçou.
“A imagem de Madrid mudará durante os dias da Jornada Mundial, pois este acontecimento é da Igreja universal, mas também um grande encontro para a cidade que o recebe”, destacou. Na Jornada Mundial além dos atos com o Papa, existirá todo um rico e poli-facetado programa de atividades culturais.
O cardeal de Madrid agradeceu o apoio de todas as pessoas e empresas sem as quais não seria possível este acontecimento: “agradeço a todas as administrações públicas que estão a colaborar sem reservas, a toda a sociedade madrilenha, ás paróquias e movimentos, ás comunidades de vida contemplativa que apoiam com a sua oração e muito especialmente ás centenas de milhares de voluntários da JMJ de todas as nacionalidades, que formam uma ‘ONU’ muito especial”.
A três meses da Jornada Mundial da Juventude há cerca de 400.000 jovens inscritos de 182 países.
(fonte: madrid11.com)
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