30 de agosto de 2011

Encontro do Santo Padre com os Voluntários da JMJ - Agradecimento do Papa


Papa agradeceu aos voluntários de Madrid antes de partir para Roma
Bento XVI despediu-se de Madrid saudando o trabalho dos voluntários



Queridos voluntários,
Ao concluir os atos desta inesquecível Jornada Mundial da Juventude, queria parar por aqui, antes de voltar a Roma, para agradecer muito calorosamente por vosso inestimável serviço. É um dever de justiça e uma necessidade do meu coração. Dever de justiça, porque, graças à vossa colaboração, os jovens peregrinos puderam encontrar uma acolhida amável e o auxílio em todas as suas necessidades. Com vosso serviço hábil dado à Jornada Mundial demonstraram o rosto da amabilidade, a simpatia e a entrega pelos demais.

Minha gratidão é também uma necessidade do coração, porque não somente atentos aos peregrinos, mas também ao Papa. Em todos os acontecimentos que estes participaram, ali estavam vocês: uns mais visivelmente, outros em segundo plano, fazendo possível a ordem para que tudo ocorresse bem. Não posso tampouco esquecer o esforço dos dias de preparação. Quantos sacrifícios, quanto carinho. Todos, cada um como sabia e podia, ponto a ponto, foram tecendo com vosso trabalho e oração o maravilhoso quadro multicolorido desta Jornada. Muito obrigado pela vossa dedicação. Agradeço-vos por este grande gesto de amor. Muitos de vocês tiveram de renunciar o modo de participar de um modo direto dos acontecimentos, para ter que se ocupar de outras tarefas da organização. Contudo, essa renúncia tem sido um modo belo e evangélico de participar da Jornada: o da entrega de si para os outros, dizia Jesus. Em certo sentido, fizeram realidade das palavras do Senhor:

Se alguém quer ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos”(Mc9, 35).
Tenho a certeza de que esta experiência como voluntários tem enriquecido em todos na vossa vida cristã, que é fundamentalmente um serviço de amor. O Senhor transformará vosso cansaço acumulado, as preocupações e a carga de muito trabalho em frutos de virtudes cristãs: paciência, mansidão, alegria em dar-se aos demais, disponibilidade para cumprir a vontade de Deus. Amar é servir e o serviço acrescenta o amor. Penso que este é um dos frutos mais belos de vossa contribuição à Jornada Mundial da Juventude. Mas esta colheita não somente vocês que trazem, mas a Igreja inteira que, como mistério da comunhão, se enriquece com a contribuição de cada um de seus membros.

Retornando agora a vossa vida ordinária, os animo a guardar em vosso coração esta alegre experiência e que cresçais cada dia mais na entrega de vós mesmos a Deus e aos homens. É possível que em muitos de vós tem despertado de forma tímida ou poderosamente uma pergunta simples: O que Deus quer de mim? Qual seu plano para minha vida? Cristo me chama a seguí-lo mais de perto? Será que eu poderia gastar minha vida inteira na missão de anunciar ao mundo a grandeza de Seu amor através do sacerdócio, na vida consagrada ou no matrimônio?
Sim, tem surgido esta inquietação, deixe-se levar pelo Senhor e se ofereça como voluntários à serviço d’Aquele que “não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em redenção por muitos” (Mc 10, 45). Vossa vida alcançará a plenitude. Talvez alguém esteja pensando: o Papa veio nos agradecer e pedir. Sim, assim é. Esta é a missão do Papa, Sucessor de Pedro.

E não se esqueçam que Pedro, em sua primeira carta, recorda aos cristãos o preço com que foram salvos: o sangue de Cristo (cf. 1Pd 1, 18-19). Quem valoriza sua vida em cima desta expectativa sabe que o amor de Cristo só pode responder com amor, e isso é o que nos pede o Papa nesta despedida: que respondais com amor àquele que por amor se entregou por vós.

Obrigado de novo e que Deus esteja sempre convosco.

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