Roma, 31 jan (RV) – Seis mil pessoas vivendo pelas ruas da capital italiana. A elas foi dedicado o dia deste domingo, 31 de janeiro, recordando também sete pessoas que, por viverem sem teto, já morreram de frio esse ano, sem receber qualquer assistência. A Jornada dos Desabrigados foi organizada pela Comunidade de Santo Egídio, que dedicou a todas essas pessoas uma missa na Basílica de Santa Maria em Trastevere.
Mas, em especial, a missa foi dedicada a uma mulher, cuja história foi propulsora dessa iniciativa. A responsável pela Comunidade de Santo Egídio, Francesa Zuccari, explicou que a Jornada foi inspirada em uma mulher chamada Modesta. Era uma idosa de 71 anos, que morava na rua, na zona da Estação Central de Roma. Em 31 de janeiro de 1983, sentiu um mal-estar muito forte, mas os operadores da ambulância recusaram socorro a ela, porque estava suja e tinha piolhos. Ela morreu na estação. Desde então, a Comunidade homenageia, em 31 de janeiro, todas as pessoas esquecidas pelo Estado, que vivem e morrem às margens da sociedade.
Seis mil seres humanos vivem nessa situação, pelas ruas de Roma. Francesa traz os dados de que de 30% a 40% são italianos, e que muitas delas são pessoas que perderam seus trabalhos, adoeceram, enfim, que já tiveram uma vida normal, mas por algum motivo foram abandonadas. Os outros 60% a 70% são estrangeiros, que vieram em busca de uma vida melhor, mas não a encontraram. (ED)
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