10 de fevereiro de 2011

Jesus chamou colaboradores após atenta escuta do Pai, explica Papa

Gracielle Reis
Da Redaçã

Bento XVI encoraja as pastorais vocacionais para
que incentivem os jovens a responderem ao chamado de Deus
O primeiro ato foi a oração [pelos discípulos]: antes de os chamar, Jesus passou a noite sozinho, em oração, à escuta da vontade do Pai, numa elevação interior acima das coisas de todos os dias”. É desta forma que o Papa Bento XVI explica como Jesus chama os seus “colaboradores” para que respondam à vocação, conforme apresentou na Mensagem para o 48º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, divulgada, nesta quinta-feira, 10.

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.: Mensagem do Papa para o 48º Dia Mundial de Oração pelas Vocações


O Dia de Oração acontecerá em 15 de maio, no 4º Domingo de Páscoa, e terá como tema "Propor as vocações na Igreja local" e, no documento apresentado hoje, o Santo Padre incentiva as Igrejas locais a se empenharem na “arte de promover e cuidar das vocações”.
Bento XVI ressalta ainda que toda vocação parte, em primeiro lugar, de um diálogo de intimidade com Deus e, que apesar de exigente, o chamado tem como objetivo seguir os passos do Crucificado e Ressuscitado. “A proposta, que Jesus faz às pessoas ao dizer-lhes 'Segue-Me!', é exigente e exaltante: convida-as a entrar na sua amizade, a escutar de perto a sua Palavra e a viver com Ele; ensina-lhes a dedicação total a Deus e à propagação do seu Reino “, destaca.
O chamado pelas vocações continua atual, mas parece estar “sufocado por outras vozes”. É o que ressalta Bento XVI ao encorajar todos aqueles que trabalham com as vocações para que as incentivem e levem aos jovens a se aprofundarem em sua relação com Deus: “É preciso que cada Igreja local se torne cada vez mais sensível e atenta à pastoral vocacional, para [os adolescentes e os jovens] crescerem numa amizade genuína e afetuosa com o Senhor, cultivada na oração pessoal e litúrgica; para aprenderem a escuta atenta e frutuosa da Palavra de Deus”.
Deste modo, segundo o Pontífice, quando os jovens entram neste diálogo íntimo com Deus e Sua Palavra, o resultado será a descoberta que a vocação não significa uma anulação da pessoa vocacionada. “Entrar na vontade de Deus não aniquila nem destrói a pessoa, mas permite descobrir e seguir a verdade mais profunda de si mesmos”, esclarece.
Por fim, o Papa enfatiza que o cuidado com as vocações é favorecido quando se busca a unidade e comunhão com a Igreja. Além disso, afirma que os momentos de vivência comunitária são o ambiente propício para que os jovens despertem “o sentido de pertença à Igreja e a responsabilidade em responder, com uma opção livre e consciente, ao chamamento para o sacerdócio e a vida consagrada”.

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