28 de abril de 2011

Freitas do Amaral destaca papel de João Paulo II na construção da paz. Antigo presidente da assembleia geral da ONU fala de um «grande líder carismático»

Antigo presidente da assembleia geral da ONU, Diogo Freitas do Amaral, destacou a “acção em favor da paz mundial” desenvolvida por João Paulo II, ao longo do seu pontificado (1978-2005).

“João Paulo II tudo fez, no seu pontificado, pela defesa da paz mundial”, escreve o político português, que coloca em particular realce as duas visitas que o Papa realizou às Nações Unidas, “reconhecendo assim a grande importância e a função essencial da organização, numa época em que tantos a ignoram ou querem menosprezar”.
O ex-ministro assina um dos textos da edição especial que a Agência ECCLESIA publicou a semana passada, dedicada à beatificação de João Paulo II, cerimónia que vai ter lugar a 1 de Maio , no Vaticano.
Freitas do Amaral fala do futuro beato como um “Homem de valor e ao incansável defensor e doutrinador da paz no mundo”.
A este respeito, recorda a conversa mantida com o Papa polaco, em 1995, na qual lhe falou do problema de Timor-Leste.
Pouco mais de um ano depois dessa conversa, João Paulo II, recebendo as credenciais do novo embaixador da Indonésia junto da Santa Sé, em 23 de Dezembro de 1996, pedia “um diálogo mais fecundo a todos os níveis”.
“O papel da Igreja Católica na defesa dos direitos do Povo timorense ficou reforçado a partir desta declaração. Os resultados não se fizeram esperar muito”, assinala Freitas do Amaral.
O texto refere “com a maior admiração e respeito, os numerosos e incansáveis esforços do Papa João Paulo II, em 2002-03, para impedir a invasão norte-americana do Iraque, condenando-a depois de consumada”.
“João Paulo II foi uma personalidade invulgar, um grande líder carismático e, simultaneamente, um homem de fé, de oração e de sacrifício. Foi um Papa excepcional, que deu nova vida, novo ânimo e nova força à Igreja Católica em geral e ao magistério espiritual e ético da cadeira de S. Pedro”, indica o autor.
Diogo Freitas do Amaral fala também da sua presença no funeral do Papa Wojtyla, como ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal: “não pude deixar de me emocionar, no meio dos cânticos gregorianos e do silêncio da multidão, ao recordar, na hora da morte, a vida daquele Papa singular: um grande Homem, um grande chefe espiritual, um grande Santo”.

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