19 de abril de 2011

Jornada Diocesana abre Semana Santa no Rio





O Vicariato Norte da Arquidiocese do Rio de Janeiro acolheu na tarde do último sábado (16) a Jornada Diocesana da Juventude (JDJ). Milhares de jovens se reuniram em frente à estação Estácio do metrô para testemunharem publicamente a sua fé, durante a Procissão do Domingo de Ramos, que seguiu até a Rua Alzira Brandão, na Tijuca, onde houve missa e, em seguida show. O evento comemorou o Dia Mundial da Juventude, marcando o início da Semana Santa para a Arquidiocese do Rio.

Jovens de todos os bairros da cidade, portando cartazes, faixas e bandeiras das pastorais e movimentos de juventude que representam, se reuniram ao seu pastor, o arcebispo Dom Orani João Tempesta, para este momento de manifestação pública da fé. Motivados pelo tema “Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé”, os participantes puderam demonstrar toda a alegria e vitalidade da Igreja pelas ruas por onde passaram. Com trio elétrico e a animação da banda Novo Viver, a ocasião demonstrou o rosto jovem de Cristo pelas ruas da zona norte do Rio de Janeiro.


Na abertura do encontro, Dom Orani entregou aos representantes dos movimentos de juventude que compõem o Setor Jovem — completando um ano de existência na arquidiocese — os ramos bentos para a procissão. Pastoral da Juventude, Caminho Neocatecumenal, Comunidade Aliança de Misericórdia, Movimento dos Focolares, Comunidade Shalom, Ministério Universidades Renovadas, Juventude Mariana, Movimento Comunhão e Libertação, Movimento de Vida Cristã e Comunidade Pequeno Rebanho puderam representar todos os trabalhos juvenis na Igreja do Rio.

Durante o momento de reflexão inicial, o arcebispo recordou que reunir a juventude junto com o pastor foi iniciativa do Papa João Paulo II, em 1984, que, na ocasião, entregou aos jovens a cruz e o ícone de Nossa Senhora, para que, por meio do simbolismo de ambos, passassem a ser verdadeiramente missionários, anunciadores do Cristo em comunhão com a Igreja. Dom Orani destacou, ainda, que a data era oportuna para testemunho e comprometimento.

“Hoje é o dia da manifestação da juventude que acolhe Cristo e se compromete com ele. (...) O jovem é convidado a não ter medo de se comprometer com Cristo e de testemunhá-lo”, disse o arcebispo.

Para o bispo auxiliar e animador do Setor Jovem da arquidiocese, Dom Antonio Augusto Dias Duarte, a JDJ revela a força da fé, que, ao contrário do que muitos pensam, não atinge apenas setores restritos da Igreja, chega também aos jovens, que estão ávidos por conhecer Jesus Cristo e por se aprofundarem na fé.

“Este momento serve pra revitalizar essa verdade: que os jovens estão à procura de Deus”, revelou o bispo.
Thiago Rodrigues, membro da Pastoral da Juventude da Paróquia São Miguel Arcanjo, no bairro de Colégio, pareceu concordar com a perspectiva de Dom Antonio.

“Participar deste momento significa vivenciar que a juventude ainda hoje acredita no poder de Cristo, assume isso e mostrando pra todo mundo”, afirmou.

Durante a homilia, Dom Orani deu ênfase à importância do testemunho de vida. “Nós somos chamados a testemunhar em quem nós cremos. (...) Colocar as nossas raízes em Cristo faz com que a gente vá edificando a nossa fé. (...) Que o testemunho de cada um preencha o nosso coração e transborde para o mundo”, desejou.


João Paulo II: modelo de santidade


Às vésperas da beatificação do Papa João Paulo II, que acontece em 1º de maio, o encontro com os jovens, também em preparação e como motivação para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Madri, parece ainda ganhar um outro sentido importante e forte: o de que a santidade é possível.

“O Papa João Paulo II foi aquele iluminado pelo Espírito Santo para iniciar esse trabalho com a juventude. Ele, que tinha um carinho todo especial pela juventude, era um Papa jovem, por mais que tivesse muita idade, pois a mente dele era muito jovem, o coração era muito jovem; então, com certeza, celebrar a Jornada Diocesana da Juventude às vésperas da sua beatificação é também uma oportunidade para mostrar à juventude que é possível ser santo, santo de calça jeans, evangelizando, levando o amor de Deus aos corações e motivando a juventude a caminhar por caminhos retos, enfatizou o padre responsável pelo Setor Jovem na arquidiocese, Renato Martins.

Todos os seminaristas da arquidiocese participaram da procissão. Os futuros sacerdotes também compreendem o pontífice anterior a Bento XVI como modelo de santidade.

“João Paulo II sempre foi um modelo de santidade e um modelo de sacerdócio, de doação pelo próximo. Por isso, nesse início de Semana Santa, é importante testemunharmos a nossa fé para o povo, assim como ele soube testemunhar para nós e para o mundo a alegria de buscar e servir a Jesus Cristo”, partilhou o seminarista Thiago Azevedo.



Pedidos especiais à juventude




Ao término da Missa, Dom Antonio Augusto deixou uma ordem aos jovens: “Não deixem mais que haja esses gritos que querem tirar Jesus Cristo de dentro de vocês, essa força do amor de Deus e para Deus. E a única forma de impedir esses gritos é vocês, onde estiverem, não terem medo de abrir o coração dos jovens para que Cristo entre. Não há nada que possa tirar Jesus Cristo do nosso coração”, afirmou.

Também o arcebispo chamou todos à consciência da responsabilidade pessoal de comunicar a Boa Nova pelas redes sociais, tão amplamente usada pelos jovens.

“Vocês têm a tendência de usar as mídias sociais, onde há muita coisa estragada: frustrações, ódios, rancores. Que vocês carreguem nas redes sociais o amor de Deus e o anúncio de Jesus Cristo, com a responsabilidade de contagiar com o Testemunho do Evangelho”, frisou Dom Orani.


Compromisso de amor


A juventude do Rio de Janeiro quis agradecer ao arcebispo por todo o seu apoio para os trabalhos que realiza. O texto lido pôde expressar a intenção de oração de cada um para que a JMJ de 2013 possa acontecer no Brasil, preferencialmente no Rio de Janeiro, e também manifestou um desejo de compromisso:
“Queremos ser instrumentos de paz e bondade e contribuir com a evangelização”, afirmou o texto.

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