19 de abril de 2011

Uma pessoa detida por incêndio na Basílica da Sagrada Família


Uma pessoa foi detida como suposta autora do incêndio que atingiu nesta terça-feira (19) a sacristia da cripta do templo da Sagrada Família de Barcelona (Catalunha), obrigando a evacuar 1.500 turistas, sem que houvesse feridos, informou a polícia catalã.
"O fogo foi completamente apagado", informou um porta-voz dos "mossos d'esquadra", a polícia regional catalã.

Fumaça é vista saindo da basílica da Sagrada Família, na Espanha, após incêndio nesta terça-feira (19) (Foto: Josep Lago / AFP) 
Fumaça é vista saindo da basílica da Sagrada Família, na Espanha, após incêndio nesta terça-feira (19) (Foto: Josep Lago / AFP)


Os turistas, que deram o alerta de terem visto uma fumaça, também viram uma pessoa sair da área onde havia fogo, e que foi posteriormente detida como suposta autora do incêndio na sacristia da cripta.
"Parece ser um doente mental de 55 anos, com quem encontraram vários fósforos no bolso", informou o presidente do patronato da Sagrada Família, Joan Rigol.


Junto com o detido, também encontraram um isqueiro, tecido e outros elementos para fazer fogo, acrescentou uma porta-voz da polícia regional catalã, assinalando que o incidente obrigou à evacuação de 1.500 pessoas que se encontravam no templo, uma das joias turísticas de Barcelona.

O incêndio não causou danos, e apenas quatro operários que inalaram fumaça foram levados por precaução para um hospital.

Dois caminhões de bombeiros prosseguiram algumas horas mais nos trabalhos de eliminação da fumaça no templo.

"A estrutura do prédio não sofreu danos, apenas o mobiliário da sacristia", informou o prefeito de Barcelona, Jordi Hereu, depois de ir à igreja comprovar os danos.

Segundo as autoridades, o templo voltaria a ser aberto depois de comprovada a normalização da situação e que prosseguiria com suas atividades por ocasião da Semana Santa.

O templo da Sagrada Família, obra do arquiteto catalão Antonio Gaudí ainda inacabada, foi consagrado e habilitado para culto como "basílica menor" em 7 de novembro do ano passado pelo Papa Bento XVI durante sua visita de dois dias à Espanha, com passagens por Santiago de Campostela e Barcelona.

Sua finalização está prevista para 2026. As obras foram iniciadas em 1882, quando o arquiteto Francisco de Paula começou o projeto, sendo substituído no ano seguinte por Gaudí, que modificou completamente os planos de seu predecessor e que se tornou o autêntico artífice da basílica.

A cripta já sofreu uma grande destruição em 1936, durante a queima de igrejas em Barcelona, no início da Guerra Civil espanhola (1936-1939), na qual também foi danificado o estúdio de Gaudí, quando muitos de seus planos e documentos foram perdidos.

Na cripta do templo repousam os restos do famoso arquiteto, morto em 1926.

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