A maior celebração da Igreja: halelliuia
Poucos católicos sabem que a vigília pascal ou o sábado de Aleluia é a festa mais importante para a Igreja. A proclamação da páscoa, o grito de Aleluia, o plano da salvação, a ladainha de todos os santos, tudo isso faz da noite de sábado à noite mil vezes feliz.
A celebração inicia-se com a celebração da luz com a benção do fogo e a incisão do Círio pascal.
As luzes da igreja devem estar apagadas.
Fora da igreja, em lugar apropriado, acende-se o lume. Reunido o povo nesse lugar, o sacerdote aproxima-se, acompanhado dos ministros, um dos quais leva o círio pascal.
Monição: Jesus ressuscitado é a luz que, na escuridão da noite, ilumina as almas de todos os homens. O Círio pascal é símbolo de Cristo. A sua luz comunica-se pela fé a cada um de nós, com a missão de a levarmos aos que estão à nossa volta. Onde não for possível acender o fogo fora da igreja, o rito será como se indica no n. 13.
O sacerdote saúda o povo na forma habitual e faz uma breve admonição sobre o significado desta vigília nocturna, com estas palavras ou outras semelhantes:
Caríssimos irmãos:
Nesta noite santíssima, em que Nosso Senhor Jesus Cristo passou da morte à vida, a Igreja convida os seus filhos, dispersos pelo mundo, a reunirem-se em vigília e oração. Vamos comemorar a Páscoa do Senhor, ouvindo a sua palavra e celebrando os seus mistérios, na esperança de participar no seu triunfo sobre a morte e de viver com Ele para sempre junto de Deus.
Benção do fogo
Em seguida, benze-se o fogo:
Oremos.
Senhor, que por meio do vosso Filho destes aos homens a claridade da vossa luz, santificai este lume novo e concedei-nos que a celebração das festas pascais acenda em nós o desejo do céu, para merecermos chegar com a alma purificada às festas da luz eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Do fogo novo acende-se o círio pascal.
Preparação do Círio
Se a mentalidade do povo o aconselhar, pode ser oportuno realçar a dignidade e o significado do círio pascal mediante alguns símbolos. Isto pode fazer-se do seguinte modo:
Depois da bênção do lume novo, um acólito ou um dos ministros apresenta o círio pascal ao celebrante, o qual, com um estilete, grava no círio uma cruz; depois grava a letra grega Alfa por cima da cruz e a letra grega Ómega por debaixo e, entre os braços da cruz, grava os quatro algarismos do ano corrente. Enquanto grava estes símbolos, diz:
1. Cristo, ontem e hoje
Grava a haste vertical da cruz.
2. Princípio e fim
Grava a haste horizontal da cruz.
3. Alfa
Grava o Alfa por cima da haste vertical.
4. e Ómega.
Grava o Ómega por debaixo da haste vertical.
5. A Ele pertence o tempo
Grava no ângulo superior esquerdo o primeiro algarismo do ano corrente.
6. e a eternidade.
Grava no ângulo superior direito o segundo algarismo do ano corrente.
7. A Ele a glória e o poder
Grava no ângulo inferior esquerdo o terceiro algarismo do ano corrente.
8. para sempre. Amen.
Grava no ângulo inferior direito o quarto algarismo do ano corrente.
Depois de ter gravado a cruz e os outros símbolos, o sacerdote pode colocar no círio cinco grãos de incenso, em forma de cruz, dizendo:
1. Pelas Suas chagas 1
2. santas e gloriosas,
3. nos proteja 4 2 5
4. e nos guarde
5. Cristo Senhor. Amen. 3
O sacerdote acende do lume novo o círio pascal, dizendo:
A luz de Cristo gloriosamente ressuscitado nos dissipe as trevas do coração e do espírito.
Estes elementos podem ser utilizados, no todo ou em parte, conforme as circunstâncias pastorais do ambiente e do lugar. Entretanto, as Conferências Episcopais também podem determinar outras formas mais adaptadas à índole dos povos.
Quando, por justas razões, não se acende o fogo, a bênção do lume será adaptada convenientemente às circunstâncias. Reunido o povo na igreja, o sacerdote dirige-se para a porta da igreja, acompanhado dos ministros com o círio pascal. O povo, na medida do possível, volta-se para o sacerdote.
Feita a saudação e a admonição, como acima no n. 8, procede-se à bênção do lume (n. 9) e, se parecer oportuno, prepara-se e acende-se o círio (nn.10-12).
Procissão
Monição: Depois de aceso o círio pascal, vamos, agora, acompanhá-lo em procissão, aclamando a Cristo luz de todos os povos.
O diácono, ou, na falta dele, o sacerdote, toma o círio pascal e, levantando-o, canta sozinho:
V. A luz de Cristo. Lumen Christi
R. Graças a Deus. Deo gratias
As Conferências Episcopais podem estabelecer uma aclamação mais solene.
Dirigem-se todos para a igreja, indo à frente o diácono com o círio pascal. Se se usa o incenso, o turiferário, com o turíbulo aceso, vai à frente do diácono. À porta da igreja, o diácono pára e, levantando o círio, canta pela segunda vez:
V. A luz de Cristo. Lumen Christi
R. Graças a Deus. Deo gratias Acendem então as velas do lume do círio pascal. A procissão continua; e, ao chegar junto do altar, o diácono, voltado para o povo, canta pela terceira vez:
V. A luz de Cristo. Lumen Christi.
R. Graças a Deus. Deo gratias. Cântico: A Luz de Cristo, B. Salgado, NRMS 5(II)E acendem-se as luzes da igreja (mas não as velas do altar: cf. n. 31).
Precónio Pascal
Monição: No precónio pascal louvamos a luz de Cristo figurada no círio, recordando as maravilhas de Deus a favor dos homens ao longo dos séculos e de modo especial as maravilhas da graça realizadas por Seu Filho.
Ao chegar ao altar, o sacerdote dirige-se para a sua cadeira. O diácono coloca o círio pascal no respectivo candelabro, preparado no meio do presbitério ou junto ao ambão. Em seguida, se se usa incenso, faz-se como para o Evangelho na Missa: o diácono pede a bênção ao sacerdote, que diz em voz baixa:
V. O Senhor esteja no teu coração e nos teus lábios, para anunciares dignamente o seu precónio pascal. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
R. Amen.
Se o precónio é cantado por outro que não seja diácono, omite-se esta bênção.
O diácono, ou, na sua falta, o sacerdote, depois de incensar o livro e o círio (se se usa o incenso), proclama o precónio pascal no ambão ou no púlpito, conservando-se todos de pé, com as velas acesas na mão.
O precónio pascal pode ser proclamado, se for necessário, por um cantor que não seja diácono. Nesse caso, omitirá as palavras Quapropter astantes vos (E vós, irmãos caríssimos) até ao fim do invitatório, bem como a saudação Dominus vobiscum (O Senhor esteja convosco).
O precónio pode ser cantado na forma mais breve.
Além disso, as Conferências Episcopais podem introduzir no precónio certas aclamações para serem ditas pelo povo.
As aclamações previstas pela Conferência Episcopal Portuguesa para se intercalarem no precónio pascal:
a. A luz de Cristo venceu as trevas da noite.
b. Cristo venceu o pecado e a morte.
c. Glória ao Senhor.
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