Por Diácono Marcos Sabater
Paróquia Santa Maria dos Pobres
Licenciado em Jornalismo
Acabamos de presenciar no Brasil a derrota da razão perante a tirania do relativismo ético e moral. E o pior é que tudo já estava apanhado: dizer que as uniões homossexuais são a mesma coisa que os matrimônios formados entre um homem e uma mulher, isso – me desculpem os senhores ministros do Tribunal Supremo de Justiça – insulta à razão e à inteligência de qualquer um de nós, e denigre a dignidade de milhões de famílias brasileiras.
A hipocrisia e as mentiras próprias da ideologia de gênero e dos seus sequazes – que chegam às altas esferas do legislativo, do judiciário e do executivo – se revestem de um falso intelectualismo que pretende impor a ditadura do pensamento único. São cegos que conduzem a outros cegos, gente que se acha quando fala quatro besteiras sobre Nietzsche ou Chico Xavier para legitimar tais uniões.
Pois eu lhes digo: a história vos passará factura e as futuras gerações vos condenarão pela vossa pretensão de desterrar a verdade e a liberdade dos corações dos homens. O único que prevalecerá na sociedade do futuro será a família composta pelos filhos nascidos do matrimonio entre um homem e uma mulher. As uniões homossexuais estão destinadas ao fracasso e à desaparição, porque não são o futuro biológico, nem econômico, nem espiritual de uma nação que envelhece a um ritmo acelerado.
A democracia está realmente hoje ameaçada nas suas bases pela insensibilidade humana, pela estúpida ilusão do Estado do bem-estar e pelo consumismo. O homem não deixa de ser, para o Estado, um simples fator econômico que pode ser manipulado mediante cestas básicas, bolsas de ajuda, concursos públicos e salários mínimos. E grande responsabilidade disto tem os jornalistas e os comunicadores sociais, porque anestesiam as consciências dos cidadãos e se deixam arrastar pelas meias-verdades propagadas pelos poderosos de turno.
A relação entre dois homens ou entre duas mulheres jamais será amor: jamais! Poderão legislar e aprovar, mas a insatisfação, a frustração, o desengano e o vazio que nascem das práticas homossexuais jamais se extinguirão nas almas destas pessoas. O que um pai e uma mãe podem dar ao seu filho – ou seja, o amor gratuito: amado por aquilo que ele é – não o poderão dar jamais dois homens. Por algo muito simples: porque nós não somos autômatos, nem computadores, nem meros pedaços de carne, mas pessoas humanas que, por nossa natureza, contamos com sentimentos, necessidades, pensamentos, limitações e desejos de felicidade eterna.
Os cristãos e os cidadãos de boa consciência não fazem distinção entre homossexuais e heterossexuais, porque todos somos pessoas sexuadas que precisam uns dos outros. Aquilo que não compartilhamos nem respeitamos é precisamente que uma minoria sem sensatez nem cautela faça das uniões e práticas homossexuais uma palhaçada e um tipo de relação que seja equiparada ao matrimônio entre um homem e uma mulher (exemplo: passeatas do Dia do Orgulho Gay, parodias contra os cristãos em manifestações públicas, etc). Não me estranharia ver daqui ha pouco as primeiras pessoas objetando por motivos de consciência em cartórios, agências de adoção de crianças e julgados por recusar-se a assistir tais uniões.
Aquilo que os casais ‘gays’ reclamam como “de direito” devido a complexos de inferioridade mal resolvidos na sua infância-adolescência, hoje está causando grande divisão na sociedade brasileira. Por que tem que fazer do homossexualismo uma bandeira de orgulho e de cultura se jamais foi assim? Por uma razão muito simples: pelo amor próprio, porque só vivem para si.
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