Por Edmar Araújo @medidasdefe, @edmmar
Nesta quinta-feira, 5 de Maio de 2011, o Supremo Tribunal Federal deicidiu que a união estável entre casais do mesmo sexo deve ser reconhecida como entidade familiar. E agora?
Já vi manifestações de todos os gêneros. Entre uma e outra, ainda percebe-se muita intolerância religiosa e agnóstica. De um lado, fundamentalistas utilizam a bíblia para atacar homossexuais. Por sua vez, algumas correntes LGBTs agridem àqueles que discordam da decisão do STF.
No Twitter, li a manifestação pouco amigável de um homossexual. Ele chamava alguém (ou todos) de “religioso burro, ignorante” pelo fato de que as crenças cristãs, em geral, abominam relações homoafetivas. Sei que isso é uma resposta a tantos ataques realizados por religiosos que usam programas de TV e Rádio para externarem intolerância e ódio. Mas não creio que os religiosos discordem por pura “burrice”.
Sou católico apostólico romano com formação de direita. Fui seminarista e recebi extensa educação humana e religiosa. Afirmo que nunca me disseram para condenar um único homossexual. A ordem dos padres formadores era que, como pastores de imensos rebanhos, todas as ovelhas deviam ser amadas e conduzidas à Verdade. Quer dizer que eu sou favorável a união homossexual? Não sou. Mas isso não me impede de amar os homossexuais com o mesmo amor com que sou amado por Deus.
E amar não é um puro sentimento, mas uma atitude contínua em favor do próximo. Amar requer libertação e tolerância. Discordo do homossexualismo não por ignorância ou preconceito, mas por opinião. E quem vai me provar do contrário quando meu coração quer crer nisso?
O Congresso ainda vai ter que mudar a lei e depois a mesma ser sancionada pela Presidência da República.
O que vai acontecer?
Não sei.
O que sei é que enquanto vivermos numa sociedade onde a violência é simbolicamente exercida em casa, no trabalho, nas igrejas e em tantos outros lugares, haverá cada vez mais um mundo mais propenso a matar e morrer em nome de Deus ou em nome de causas diversas. Não sou obrigado a respeitar homossexuais. Sou obrigado a respeitar qualquer pessoa.
União homossexual reconhecida. E agora?
A lei é inútil se a mudança não ocorre por dentro.
Reflitamos!
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