15 de junho de 2011

Centro de Taguatinga, Rodoviária do Plano e Fercal têm o ar mais poluído do DF


Emissões veicular e industrial são as principais responsáveis pela baixa qualidade do ar nessas áreas

Eduarda Fernanda Fernandes de Souza
Eduarda Fernandes
Queimada em terreno próximo ao Centro de Taguatinga
O Centro de Taguatinga, a Rodoviária do Plano Piloto e a região da Fercal são as áreas que apresentam os maiores níveis de poluição do ar no Distrito Federal. De acordo com monitoramento de gases poluentes realizado pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram), com apoio da Universidade de Brasília (UnB), os níveis de emissão nessas regiões são bastante superiores ao patmar máximo de 80 microgramas de partículas poluentes por metro cúbico de ar. Esse é o limite considerado aceitável pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente(Conama).

No Distrito Federal, a emissão dos gases poluentes é causada principalmente pela indústria e veículos automotores, principalmente os movidos a diesel. A Fercal é a que apresenta maior índice de poluição, com cerca de 1500 microgramas de partículas por metro cúbico de ar. A emissão tem relação direta com duas fábricas de cimento instaladas na região. "As demais áreas apresentam geralmente média de 300 partículas de gases poluentes", diz Weeber Requia, pesquisador de transporte e meio ambiente da UnB, ao se referir ao Centro de Taguatinga e a Rodoviária do Plano Piloto. No período de seca, as queimadas são outro fator que agrava a situação.

Eduarda Fernandes
Veículos a diesel são os principais emissores de gases poluentes
De acordo com Weeber, o Distrito Federal conta com uma frota de mais de 1 milhão de veículos, o que representa cerca de um automóvel para cada dois habitantes. Uma ds maneiras de reduzir o nível de emissão de poluentes, segundo Weeber, seria ampliar a fiscalização das indústrias e veículos e investir em alternativas de transporte. "Se todos os carros fossem às ruas, a cidade pararia e a qualidade do ar inevitavelmente se agravaria. Uma das medidas eficiente para minimiza os gases poluentes seria usar alternativas de locomoção, como andar de bicicleta", sugere.
Enquanto não há mudanças significativas, a população brasiliense sofre com o excesso de poluentes no ar. É o caso do vendedor ambulante Luis Antonio, 45 anos, que trabalha próximo a uma parada no Plano Piloto. "Tenho que limpar toda hora as minhas coisas e deixar bem tampado as vasilhas para não correr o risco de contaminação. Além disso, sofro muito com coceira nos olhos e tosse".
Segundo o pesquisador Weeber, os gases poluentes podem provocar asfixia, doenças cardiovasculares e pulmonares, deficiências respiratórias ou circulatórias e efeitos nocivos no sistema nervoso central.  "Fico com os olhos vermelhos e com a pele suja, ainda mais porque passo parte do meu tempo convivendo com os ônibus na rodoviária", diz o cobrador Francisco de Assis, 42 anos, que trabalha a 17 anos na rodoviária do Plano Piloto.
Um terço da frota de veículos da capital emite anualmente cerca de 1 milhão de toneladas de gás carbônico (CO2) na atmosfera. De acordo com uma pesquisa feita pela Universidade Católica de Brasília (UCB), para diminuir a poluição, principalmente veicular, seria necessário que a capital tivesse uma área verde três vezes maior que o DF.
Entre oes principais gases poluentes em área urbana está o monóxido de carbono, um dos mais perigosos tóxicos respiratórios para o homem, pois não é percebido pelo os nossos sentidos. Esse gás é encontrado nas cidades por conta do  consumo de combustíveis fósseis. Outro gases presentes nas cidades são os oxidantes fotoquímicos, que reagem na atmosfera formando um conjunto de gases agressivos, e os óxidos de enxofre, uma das principais impurezas presentes nos derivados de petróleo (gasolina, óleo diesel) e no carvão mineral. A Secretaria do Meio Ambiente do DF foi procurada para falar sobre as medidas que estão sendo tomadas para melhorar a qualidade do ar na capital, mas não deu retorno até o fechamento desta edição.
                                                                                                                                                                  (fonte: http://www.iesb.br)

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