Leonardo Meira
Da Redação
Arquidiocese Militar do Brasil
Arcebispo Militar do Brasil, Dom Osvino Both, destaca a vida de doação como característica dos militares
A farda é mais que distintivo de serviço prestado ao país através das Forças Militares. Por trás do uniforme, há uma vida pronta a servir seja quem for que necessite. "Logo, viver a proposta do Evangelho, a proposta de Deus, é quase uma decorrência natural", explica o Arcebispo do Ordinariato Militar do Brasil, Dom Osvino José Both.
Neste dia 20 de janeiro, a Igreja Católica celebra a memória litúrgica de São Sebastião, considerado padroeiro dos militares. O mártir cristão serviu junto às fileiras do exército romano e não teve dúvidas em testemunhar sua fé até o fim quando assim se fez necessário. E é exatamente essa a característica que Dom Osvino ressalta como uma das principais para explicar a fé dos militares: uma vida cheia de doação.
"São João afirma que Deus é amor, bem como que aquele que ama, conhece a Deus. Somente é possível ser militar amando a pátria, e eles cumprem seu serviço com competência, arte, decicação, amor, mesmo que lhes custe a vida", explica.
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.: Podcast: Arcebispo Militar do Brasil fala sobre trabalho da Igreja junto aos militares
O Arcebispo explica que uma vida baseada na lei natural e que preza por princípios, valores, hierarquia e disciplina, necessariamente, conduz a uma inspiração maior e a perceber que tudo é dom recebido.
O trabalho evangelizador da Igreja no meio militar é realizado através dos capelães, que prestam serviço de assistência religiosa junto aos quartéis, comandos militares e outras realidades similares. É nas capelanias que os militares e seus familiares se reúnem para celebrar a Eucaristia, se instruir e viver o espírito de comunidade cristã.
"A Igreja é muito bem aceita nesse meio e os militares participam com grande alegria", complementa Dom Osvino.
Ordinariato Militar
O Ordinariato ou Arquidiocese Militar do Brasil, em suas feições atuais, existe desde 1989. Foi quando o Papa João Paulo II instituiu um trabalho definitivo da Igreja junto ao militares, com a presença do Arcebispo, dos capelães, e reconhecendo todos os militares (juntamente com seus familiares e dependentes civis) como integrantes de uma Arquidiocese.
Segundo o Arcebispo Both, o desejo maior do Papa foi o de permitir que os militares católicos tivessem, através da Igreja, o acesso aos meios necessários para se salvarem. "Essa é a grande razão da presença militar aqui no Brasil", salienta.
Ainda em 1950, o Papa Pio XII instituiu o Vicariato Castrense do Brasil, elevado quase 40 anos depois a Ordinariato Militar. Em 23 de outubro de 1989, a Santa Sé e o Governo Brasileiro assinaram um Acordo Internacional entre Estados, mediante o qual o Ordinariato Militar do Brasil passava a ter a sua Sede Oficial no Estado-Maior das Forças Armadas, onde o Arcebispo Militar tem o seu gabinete e mantém a Cúria.
Os Ordinariatos militares - que podem também ser chamados de castrenses - são juridicamente assimilados às dioceses, mas circunscrições eclesiásticas regidas por estatutos próprios emanados pela Sé Apostólica.
A jurisdição do Ordinário Militar é:
- pessoal - tanto que pode exercer-se em relação às pessoas que fazem parte do Ordinariato, mesmo se por vezes se encontram fora das fronteiras nacionais;
- ordinária - tanto no foro interno como no foro externo;
- própria - mas cumulativa com a jurisdição do Bispo diocesano, visto que as pessoas pertencentes ao Ordinariato não deixam de ser fiéis daquela Igreja particular, de cujo povo fazem parte em razão do domínio ou do rito.
Os ambientes e os lugares reservados aos militares estão sujeitos, primária e principalmente, à jurisdição do Ordinariato militar; de modo secundário, porém, estão também sujeitos à jurisdição do Bispo diocesano, isto é, quando faltem o Ordinariato militar e os seus capelães. Em tal caso, quer o Bispo diocesano, quer o pároco, agem por direito próprio.
O Arcebispo Ordinário Militar do Brasil tem o status de General-de-Divisão, tendo passagem livre em qualquer organização militar do país e as mesmas honras militares que um Oficial General.
Atualmente, a Arquidiocese Militar do Brasil conta com 167 Capelães Militares e 178 Paróquias/Capelanias das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) e das Forças Auxiliares (Polícias e Bombeiros Militares de todo o País).
Arcebispos Militares do Brasil
4º Dom Osvino José Both | 2006-Atual
3º Dom Geraldo do Espírito Santo Ávila | 1990-2005
2º Dom José Newton de Almeida Baptista | 1963-1990
1º Dom Jaime de Barros Cardeal Câmara | 1950-1963
Bispos Auxiliares
Dom Augustinho Petry | 2006-2007
Dom Alberto Trevisan | 1964-1966
Neste dia 20 de janeiro, a Igreja Católica celebra a memória litúrgica de São Sebastião, considerado padroeiro dos militares. O mártir cristão serviu junto às fileiras do exército romano e não teve dúvidas em testemunhar sua fé até o fim quando assim se fez necessário. E é exatamente essa a característica que Dom Osvino ressalta como uma das principais para explicar a fé dos militares: uma vida cheia de doação.
"São João afirma que Deus é amor, bem como que aquele que ama, conhece a Deus. Somente é possível ser militar amando a pátria, e eles cumprem seu serviço com competência, arte, decicação, amor, mesmo que lhes custe a vida", explica.
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.: Podcast: Arcebispo Militar do Brasil fala sobre trabalho da Igreja junto aos militares
O Arcebispo explica que uma vida baseada na lei natural e que preza por princípios, valores, hierarquia e disciplina, necessariamente, conduz a uma inspiração maior e a perceber que tudo é dom recebido.
O trabalho evangelizador da Igreja no meio militar é realizado através dos capelães, que prestam serviço de assistência religiosa junto aos quartéis, comandos militares e outras realidades similares. É nas capelanias que os militares e seus familiares se reúnem para celebrar a Eucaristia, se instruir e viver o espírito de comunidade cristã.
"A Igreja é muito bem aceita nesse meio e os militares participam com grande alegria", complementa Dom Osvino.
Ordinariato Militar
O Ordinariato ou Arquidiocese Militar do Brasil, em suas feições atuais, existe desde 1989. Foi quando o Papa João Paulo II instituiu um trabalho definitivo da Igreja junto ao militares, com a presença do Arcebispo, dos capelães, e reconhecendo todos os militares (juntamente com seus familiares e dependentes civis) como integrantes de uma Arquidiocese.
Segundo o Arcebispo Both, o desejo maior do Papa foi o de permitir que os militares católicos tivessem, através da Igreja, o acesso aos meios necessários para se salvarem. "Essa é a grande razão da presença militar aqui no Brasil", salienta.
Ainda em 1950, o Papa Pio XII instituiu o Vicariato Castrense do Brasil, elevado quase 40 anos depois a Ordinariato Militar. Em 23 de outubro de 1989, a Santa Sé e o Governo Brasileiro assinaram um Acordo Internacional entre Estados, mediante o qual o Ordinariato Militar do Brasil passava a ter a sua Sede Oficial no Estado-Maior das Forças Armadas, onde o Arcebispo Militar tem o seu gabinete e mantém a Cúria.
Os Ordinariatos militares - que podem também ser chamados de castrenses - são juridicamente assimilados às dioceses, mas circunscrições eclesiásticas regidas por estatutos próprios emanados pela Sé Apostólica.
A jurisdição do Ordinário Militar é:
- pessoal - tanto que pode exercer-se em relação às pessoas que fazem parte do Ordinariato, mesmo se por vezes se encontram fora das fronteiras nacionais;
- ordinária - tanto no foro interno como no foro externo;
- própria - mas cumulativa com a jurisdição do Bispo diocesano, visto que as pessoas pertencentes ao Ordinariato não deixam de ser fiéis daquela Igreja particular, de cujo povo fazem parte em razão do domínio ou do rito.
Os ambientes e os lugares reservados aos militares estão sujeitos, primária e principalmente, à jurisdição do Ordinariato militar; de modo secundário, porém, estão também sujeitos à jurisdição do Bispo diocesano, isto é, quando faltem o Ordinariato militar e os seus capelães. Em tal caso, quer o Bispo diocesano, quer o pároco, agem por direito próprio.
O Arcebispo Ordinário Militar do Brasil tem o status de General-de-Divisão, tendo passagem livre em qualquer organização militar do país e as mesmas honras militares que um Oficial General.
Atualmente, a Arquidiocese Militar do Brasil conta com 167 Capelães Militares e 178 Paróquias/Capelanias das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) e das Forças Auxiliares (Polícias e Bombeiros Militares de todo o País).
Arcebispos Militares do Brasil
4º Dom Osvino José Both | 2006-Atual
3º Dom Geraldo do Espírito Santo Ávila | 1990-2005
2º Dom José Newton de Almeida Baptista | 1963-1990
1º Dom Jaime de Barros Cardeal Câmara | 1950-1963
Bispos Auxiliares
Dom Augustinho Petry | 2006-2007
Dom Alberto Trevisan | 1964-1966
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